Dunga, na realidade, é o Teimoso. Todas as Brancas de Neve sabem disso. O cara, jogando, tinha enterrado uma Copa para o Maradona a quem não marcou direito, como sucedeu naquele velho Gre-Nal em que Ronaldinho Gaúcho deu-lhe um drible da vaca, um lençol e um chapéu, e aí Dunga voltou para dar um título para o par de vasos Zagallo/Parreira, na base do jogo duro e sem cintura que tinha o gol apenas como detalhe.
Dunga, o Teimoso, encerrou a carreira de jogador com aquelas duas ou três descadeiradas que Ronaldinho lhe aplicou de uma vez só. No entanto, quando menos se esperava, ele voltou à cena. Virou treinador. E do alto de seu rancor, foi para a Copa Jabulani e, só de birra, não levou Ronaldinho Gaúcho, o seu chapeleiro para a África.
O cara parece aqueles bonecos João-Teimoso que você empurra, empurra e ele balança, balança, mas não cai. Agora, depois dessa aventura no País dos Elefantes, é bem provável que Dunga não volte nunca mais. Ou não... Enquanto a CBF continuar nas mãos de quem está, o futebol será sempre uma caixinha de espertos.