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Em um desses palanques cheios de escravos de Jó, Dilma - a postulante caxangá, aquela que bota e tira programa de governo à toda hora, mandou ver ontem em Natal, no Rio Grande do Norte, mais uma promessa de difícil realização: disse que "eu vou ser ser a mãe do povo brasileiro".
Até o presideus Lula foi tomado de surpresa: - Ué, eu nem sabia que a Dilma estava grávida!
Já a reação do Garanhão de Pelotas não foi tipo assim daquelas de quem o cara é o último a saber; foi mais de quem subia nas paredes: - Epa, eu fora! Mãe é uma só!
E antes de encerrar o expediente da quarta-feira ainda murmurou como quem não é árbitro de futebol: - Era só o que faltava a gente ser chamado de filho dessa e daquela; disso e daquilo...
THE DAY AFTER
Neste amanhecer de quinta-feira, a frase de efeito mais pronta de Dilma lá em Natal estava na cabeça do Garanhão enquanto ele cumpria o ritual do seu breakfast: “O presidente Lula me deixou um legado, que é cuidar do povo brasileiro. Eu vou ser a mãe do povo brasileiro”.
Logo que chegou ao escritório, promoveu uma breve reunião de pauta e cancelou a blitz investigativa sobre a paternidade do PAC da Gravidez: - Vamos tratar de outro assunto. Já se sabe quem é o pai dos brasileiros.
Brindaram com cafezinho e pão-de-queijo a mais um dia de redação e a pauta foi encaminhada para saber por quê Lula demitiu o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Afinal, ele não tinha nada a ver com Roberto Jefferson. Vai ver que foi por isso.
O Garanhão de Pelotas mandou seus repórteres descartarem logo a hipótese da demissão por "incompetência". Se fosse por isso, todos os ministros de Lula já deveriam ter seguido o caminho de Matilde Ribeiro que nem sequer comprou tapioca com o cartão corporativo e foi parar no olho da rua.