30 de jul. de 2010

RESPINGUE-PONGUE

Patrulhão: Você é do contra?
Garanhão: Sou a favor... De quem é contra isso tudo que está aí.

Patrulhão: Mas, você só dá nos dedos de Lula...
Garanhão: É que, se a gente levar em conta, nos dedos dele dá um pouquinho menos de trabalho.

Patrulhão: Você leva algum de alguém por baixo dos panos?
Garanhão: Não. Faltaria pano pra manga.

Patrulhão: Então, por quê só o Lula?
Garanhão: Não é só o Lula. Tem a Dilma de vez em quando e também sempre. Mas é fácil de explicar. É que, nos tempos de criança, eu não convidaria nenhum dos dois para brincar de esconde-esconde, de pega-ladrão, nem muito menos de dar injeção.

Patrulhão: E com quem você brincaria?
Garanhão: Com todos os que sempre brinquei. Aqueles que não revelavam onde os outros estavam escondidos, só para vencer a brincadeira; os que não queriam sempre ser o ladrão, ao invés de polícia; aqueles que só brincavam de dar injeção no braço...

Patrulhão: Você brincaria com Zé Serra, ou com a Marina?
Garanhão: Só pra ver se eles conseguiriam dizer onde Lula e Dilma estariam escondidos; só pra ver se eles gostariam de brincar tanto de polícia quanto de ladrão; apenas pra saber se para eles tanto faz tomar, quanto levar injeção e, bem, em que lugar eles gostariam de dar e de levar...

Patrulhão: Você brincou com Fernando Henrique Cardoso?
Garanhão: Brinquei... Chutei o tempo todo aquele pé que ele disse que tinha na cozinha...

Patrulhão: Então, com Serra e Marina você brincaria?
Garanhão: Sim, só para dar uma de Lula e outra de Dilma pra cima deles... Na primeira oportunidade virava a mesa e mostrava o quê e quem estava por baixo dos panos.

Patrulhão: E o que você ganha com isso?
Garanhão: A ira e a distância deles todos. Nada mais agradável que isso. Nem mais digno de um brasileiro que não consegue engolir essa fauna de sapos e tucanos, nem se deixa engasgar por espécies verdejantes da imensa flora nacional.

Patrulhão: E qual é então a sua receita?
Garanhão: Que cada um pare de brincadeira e faça o seu próprio regime.