Depois de dormitar durante o jogo Uruguai 2 x 3 Urucubaca, assim que soube que a Alemanha tinha sobrepujado o time de Tabárez , El Loco que só lança o atacante Abreu quando o jogo já acabou, o Garanhão de Pelotas resolveu dar algumas peruadas políticas, "só pra relaxar e gozar" - como gosta de dizer as suas três dadivosas secretárias-executantes e executadíssimas.
Sem perder tempo, botou pra fora suas elucubrações sobre o saudoso Brasil Da Silva. Foi logo repassando o que pensava para a Rede de Intrigas & Comunicações que o sustenta no exterior:
- Nem a marca registrada de pé-frio deixa Lula Da Silva, aquele que agora diz que se chama Dilma, tão possesso e mal-humorado do que a serenidade de Zé Serra quando se diz mais aliado e mais velho companheiro de Lula do que a própria Dilma.
Outra coisa que o deixa tiririca da vida - diz o Garanhão em seus boletins - é a paternidade do Bolsa-Famiglia. E o pior de tudo - sugere ele - é que Serra mata a cobra e mostra o pau.
O nosso correspondente ainda na África do Sul, diz e não manda dizer que nesta sua breve visita ao Brasil, depois do passeio pela África, Lula planeja desmontar essa aproximação incômoda. E o expedito jornalista conjetura:
- Deve ter dois planos diferentes de desmonte: um que garanta simpatia para sua postulante predileta; outro que seja pra valer, com toda a virulência de sua estratégia de combate.
O Garanhão é arguto. Olha só o que ele espalha por aí: - O pau que mata a cobra - prova explícita de que o Bolsa Famíglia tem as cores dos tucanos - está na legislação que instituiu o programa: lei número 10.836, de 2004.
E ainda acrescenta dados comprobatórios do que manda para a mídia: - O pau que Lula não aguenta está no parágrafo único do artigo 1º da lei. É bem ali que estão relacionados os programas unificados sob o novel título de Bolsa Famíglia.
Aí, Zé Serra - um dos primeiros a receber as matérias editadas pelo Garanhão de Pelotas - sem medo de cometer qualquer tipo de atentado ao pudor, se esbalda mostrando o pau que mata a cobra:
Bolsa Escola, criado em abril de 2001, por Fernando Henrique Cardoso; Programa Nacional de Acesso à Alimentação, de junho de 2003, obra de Lula; Bolsa Alimentação, de setembro de 2001, coisa de Fernando Henrique Cardoso; Auxílio-gás, de janeiro de 2002, lançado por Fernando Henrique Cardoso; Cadastramento único do governo federal, de julho de 2001, mais uma atração de Fernando Henrique Cardoso.
O Garanhão on line alerta prontamente que "a persistirem os sintomas você deve se antenar direitinho nesse rol de roupa para descamisados e pés descalços". E explica por quê: - Você vai perceber que, das cinco iniciativas mencionadas na lei do Bolsa Família, apenas uma é criação do governo Lula; as outras quatro são de FHC.
Para encerrar o dia de labuta e partir para os jogos de cama, mesa e banho, o Garanhão de Pelotas "fecha" a matéria com uma espécie de advertência:
- É contra esse pau que Zé Serra adora mostrar que Lula - o Cara que se chama Dilma, vai reagir a partir de agora com cobras e lagartos.