Aí, deu de cara com o caso Lulinha e com aquele dos dólares na cueca. São contemporâneos. Comemoram cinco anos de impunidade. E, como o Garanhão sabe que você já nem se lembrava mais disso, vai dar uma espanada no lixo que na época foi varrido para baixo do tapete da democracia brasileira. rememoremos, pois...
Foi há cinco anos. Julho de 2005. A Gamecop, empresa de Fábio Luiz da Silva, filho de Lula, recebeu 5,2 milhões de reais da Telemar que é assim-assim com o governo.
Nessa mesma invernosa e longínqua semana de julho um assessor do deputado Zé Guimarães, do PT do Ceará, foi flagrado com 100 mil dólares na cueca. Zé Guimarães, por acaso e segundas intenções, é irmão de ninguém mais nem menos do que Zé Genoíno.
Os aguapés do Palácio do Planalto logo se mexeram. Vazaram a informação para a mídia, dando a impressão de que as operações eram normais. Zé Guimarães alegou que a cueca com dinheiro sujo era um barraco armado para manchar o mano Genoíno. E que no Ceará não tem disso não, tem disso não, tem disso não.Se você não sabe, o caso de Lulinha não deu em nada. A não ser que ele hoje tem um porvir muito mais risonho do que aquele que vislumbrava quando era funcionário do Zoológico de São Paulo.
Reprodução/nogabinete.com
Já no retumbante e rançoso escândalo da cueca, Zé Genoíno ficou exposto por uns tempos e o Ministério Público chegou à conclusão de que os dólares tinham cheiro de uma propina que o deputado irmão de Genoíno receberia pela intermediação de financiamento entre um consórcio e o Banco Nordeste do Brasil.
Hoje, Lulinha, Genoíno, Zé Guimarães, Gamecop, cuequeiros, vazadores de informação, acusados e acusadores, estão de aniversário.
As celebrações até podem - quem sabe?!? - se realizarem no exclusivíssimo condomínio Jardim Atlântico, de Ilhéus na Bahia, na casinha de 750 metros quadrados à beira-mar que o ilustre filho do Filho do Brasil habita, de quando em quando. Parabéns pra você que não foi convidado para essa festa podre.