Não cumprimentou ninguém - que eles não deram nenhum sinal de simpatia - e afastou-se do elevador para que a comitiva ocupasse mais aquele território.
Pouco depois, sempre mantendo discreta distância seguiu os passos do grupo. A chefe da excursão, sem mais o que fazer, tirou boa parte da manhã daquele que, depois o Garanhão ficou sabendo, era o seu terceiro dia na capital francesa, para dar um passeio pela Avenida Champs Elysées.
O Garanhão chegou a ser crivado pelo olhar endurecido da turma que olhava vitrines das lojas mais famosas do mundo. Deu uma disfarçada, lançou o seu olhar Chanel N° 5 e fez que lia o Le Figaro.
Os turistas foram em frente. Ao chegar à Galeria Arcades des Champs, Dilma entrou em uma farmácia e comprou uma escova de cabelos. A sua voz continuou a mesma.
O Garanhão, sem dar bola para o incômodo que provocava, continuou seguindo as descontraídas andanças da postulante Dilma. Ela caminhou pelas cercanias do Arco do Triunfo, logo depois do fim da Champs Elysées, próximo a outras avenidas que confluem ali, como a Friedland e a Grande Armée.
Não havia elegância no andar de Dilma que vestia jeans e agasalho preto, com um tênis branco. De repente, enfastiado e já sabendo que Dilma era sua vizinha de andar no hotel, o Garanhão foi almoçar.
Retomou sua pequena aventura de importunar a pandilha dos desocupados brasileiros. Ficou sabendo que Dilma embarcaria à tarde para Bruxelas. Ela usava então um terno cinza, sapatos envernizados sem salto e um lenço colorido.
O Garanhão resolveu tratar da vida, mas ficou sabendo que na sua folgada minitemporada em Paris, Dilma se manteve arredia com os jornalistas.
Detalhe de somenos importância: a jovem aí ao lado que aparece na charmosa Champs Elysées, não é a Dilma. Nem a Norma Bengell.