9 de jun. de 2010

Make Love not War

Repórter integral e de "clínica geral", o Garanhão de Pelotas, está com um olho na bola e outro no jogo de cintura dos políticos brasileiros.  No salão do Hilton Sandton, hotel onde se hospeda cheio de comodidades, pegou os jornais da tarde e leu que, a dois dias da Copa, a ONU meteu uma goleada de 12 x 2 na dupla Patada Atômica. Só os que assinaram aquele papel de bobo lá em Teerã fizeram gol contra: o pré-frio do Brasil e o primeiro-ministro da Turquia.

O Garanhão foi às conjeturas: - O que Ahmadinejad faria se já tivesse uma bomba atômica nas mãos? Deixaria o mundo em paz - como rouqueja Lula nadando contra a correnteza? Judiaria de alguém?

Ele logo concluiu: - Que nada, não é o que a comunidade mundial pensa. E uma comunidade prevenida vale por dois aloprados mais um maluco.

E foi lendo em voz alta e avaliando: - Estão aí as novas sanções contra o Irã. Não valem nada. O Irã vai continuar enriquecendo urânio para continuar sendo o maior perigo contra a paz mundial. Esse Ahmadinejad vai continuar burlando a confiança do mundo, contrabandeando o que precisa e o que bem entende. Tem sido assim há muito tempo. Vai continuar assim.


Leu, releu, dobrou o calhamaço de jornais, desdobrou e, como grande e reconhecido sanitarista político, alertou às três secretárias - todas muito executivas - que o acompanham em regime de dedicação integral:

- Nessa história só há uma pequena perfumaria que pode dar outros ares às tais sanções: o Irã tem petróleo, pra dar e vender... Mas não tem estrutura para produzir gasolina que precisa comprar e pagar. Contrabando de gasolina cheira mal à distância. É difícil de esconder. E quem for descoberto abastecendo o Irã, vai rescender mau odor para a comunidade mundial.


As gurias ficaram encantadas com a macrovisão de seu herói. O Garanhão de Pelotas, ajeitou suas abotoaduras de madrepérola e ouro 24 quilates, acomodou-se na cadeira atirando os requifafes e os contorcionismos do lorde que não consegue parar dentro dele, para abrir o jogo francamente:

- Minhas diletas, dessa vez, o pulo de gato do presideus Lula acabou, como fazem os felinos domésticos, adubando as próprias necessidades. Sua porção-humana, seu lado terráqueo, não bebe perfume nem come desodorante; aí, quando "faz seus mistérios" - como dizem as baianas defecando e andando - a coisa fede. Não há como esconder. Só o barulho da descarga já infesta o clima.
E, sem esperar retruque do trio de beldades que o acompanha em tudo e por tudo, foi chupando uma foto de Fábio Pozzobom da ABr e baixando no seu laptop, concluindo logo: - O fiasctóide de Teerã só serviu para o circo montando pelo Itaramaty pagar mais um mico. Amorim ficou assim, ó... de mãos vazias; descadeirado da ONU que torceu o nariz, ele não sabe sequer onde foi parar o pires que estava ali. Ah, sim... O papel também sumiu.

Terminou, mandou uma das jovens assinar a nota da despesa e, cercado pelo trio maravilhoso, rumou para lugar incerto e não sabido dentro do próprio hotel.