Então, tá. O Garanhão de Pelotas uma vez, no meio de uma pelada, foi expulso de campo. Seu time perdia de 6 a 1, ele deu um lençol em um cabeça-de-bagre que, se jogasse o que pensava, seria campeão do mundo da gabolice. O cara disse uma bobagem qualquer, o Garanhão de cabeça quente, agrediu o enjoado com quem já tinha uma velha pendenga. Foi pra rua. Por justa causa. O bobalhão foi pro vestiário, ver se parava o sangramento do nariz.
Dia seguinte, os organizadores do torneio foram comunicados, por escrito, que envergonhado o Garanhão se afastava definitivamente do campeonato. Foi logo procurado pela turma do deixa-disso. A intenção era dissuadi-lo do afastamento. Envergonhado, o Garanhão se manteve irredutível:
- Estou encabulado. Aquilo não se faz...
- É do futebol - diziam os outros.
- Estou amargamente arrependido.
- Então, volte...
- Não, não volto. Estou arrependido. Sinceramente arrependido...
- Pois então...
- Não volto. Tô arrependido... mas se encontrar aquele imbecil de novo, dou-lhe outro soco no nariz!
Pois, com Dunga é assim mesmo lá na África. Pediu desculpas aos torcedores, não ao repórter a quem ofendeu. Se encontrá-lo novamente, vai repetir a dose. O Garanhão fala de cadeira.