Os dois erros de arbitragem na rodada de ontem acabaram mata-matando de vez Inglaterra e México. Um foi gol e o juiz não deu; outro não foi e valeu.
Aí, o mundo veio abaixo para os que defendem o uso da tecnologia no futebol. Querem replay para desfazer a decisão do árbitro.
Na verdade, querem arrancar as raízes que dão vida e graça ao futebol. Quero ver a tecnologia sendo usada nas competições mais pobres, nas peladas de rua, no pátio da escola, nos rachas do campinho da esquina - onde nasceram e nascem os grandes craques do futebol mundial.
Quero ver a tecnologia nos campeonatos de segunda divisão, no jogo de casados e solteiros, no quebra-canela de rua... Isso é discriminar o esporte. É dar à elite o que o povo nunca precisou ter para fazer do Brasil o país do futebol. Ao defender a plastificação eletrônica estão querendo é acabar com a alegria e a emoção no futebol - um dos mais ágeis e saudáveis fatores de inserção social.
Ah, sim... Logo mais a seleção do Dunga vai para o mata-mata contra o Chile. Às 15h30 - tempo de Brasília - o Brasil pára. O que não é novidade no Distrito Federal - sede do governo brasileiro.