Só para não perder o fio da meada, o Garanhão de Pelotas retoma, nesta edição de 18 de novembro de 2010, o roteiro de Hai-Kais que, na última vez, se deteve na letra F. Pela ditatorial ordem alfabética, a brincadeira recomeça na sagrada letra G. Se der na telha do maníaco dos poeminhas orientais, ele se embrenha pelo H, I, J... Aguente, se puder.
Governo
Governo Lula:
Um corrupto voa,
Outro pula.
Nova homilia:
No lugar de esmola,
Bolsa Família.
Que triste rima:
Assessor que nem Freud
Nem sai de cima!
Governante mau
Um desaforo!
Pobre usar um lenço
Pra cada choro
Guris medonhos
Gays pra chuchu:
- Você conhece o Mário?
- Filho do Duduuu?!?
Prosa na letra G
GOVERNO
Por Sérgio Siqueira
Em matéria de governo, aquele que é comandado pelos exércitos é o mais caro; o que emana verdadeiramente do povo, seria o mais sangrento. Então, o que nos resta é o governo civil que tem sido o mais vexatório.
Basta olhar para ver que não há nenhuma autoridade capaz de depositar qualquer confiança nos companheiros desse governo bom e batuta. Todos se entendem muito bem, mas dormem com um olho no padre e outro na missa. Mais com a mão na bandeja de óbulos do que com a boca ressonante à espera de hóstia.
É por isso que o Brasil está sob o risco de ver, muito em breve, esse governo governar demais. Tolstoy já tinha falado disso para o Garanhão de Pelotas, numa certa página de Guerra e Paz: “É mais fácil ditar leis do que governar”. O grupo de transição está aí pra não deixar mentir.