Para sempre
Lá onde a vista mal pode alcançar,
Juntando os seus imaginários lábios,
Se encontravam calados, o céu e o mar
Num largo beijo de silêncios sábios.
No meio daquela infinita distância
No meio daquela infinita distância
Solitária e triste, embarcada
Minha vida, em saudade e ânsia,
Daquele horizonte não ouvia nada.
E no meio daquela fria solidão
Eu vi o sol deitar-se nas ondas do marE no meio daquela fria solidão
E a noite levantar a escuridão
Que para sempre não me deixou voltar.
Já é tarde
Quanto bem, sem medo e sem compromisso
Quanto tempo, quanta vida jogou fora
E, tonto, o Garanhão soube disso
Quando já era tarde... Tinha que ir embora