A esperteza de Lula é submeter-se ao PMDB para ganhar eleições. Sem o PMDB, o PT seria um tucano DEMonizado e Lula um Serra piorado. Um dia os peemedebistas ainda vão pagar caro para o rancor de Lula a ousadia de representarem a metade do poder de barganha do Brasil.
O PMDB não quer governar meio a meio com o PT. Isso ele já tem. O PT de Lula detém apenas a metade da parte que o PMDB lhe reserva desse latifúndio político. E é essa pequena parcela que o PMDB de Michel Temer está exigindo agora de seu parceiro para os próximos quatro anos.
O PT - caso vença a eleição de outubro que lhe está sendo dada de mão-beijada pelos atucanados - será apenas um sócio minoritário, com um terço da metade que o vice Michel Temer está oferecendo à postulante Dilma. O PMDB está na dele; Dilma começa a tremer, porque Lula passou a temer o Temer.
O grande cabo-eleitoral e sua postulante preferida tomam a dianteira nos palcos iluminados, mas Michel Temer faz, com sua auréola de sempre, o pano de fundo, o papel de rotunda que tão bem representa o PMDB no cenário político brasileiro.