22 de ago. de 2010

Estamos sofrendo da Síndrome do Princípio de Peter

O Brasil da Silva não caminha para o domínio da incompetência. O Brasil já estabeleceu como sistema de governo o Princípio de Peter. Tendo a democracia como pano de fundo, o governo Lula já estendeu ao seu tecido social o princípio que estabelece à administração do país que em uma organização hierárquica - seja lá qual for - os funcionários tendem a ser promovidos até chegarem a um cargo para o qual são incompetentes. E, em lá chegando, lá permanecem.


Formulado por Laurence Johnston Peter (1919–1990), antigo professor na University of Southern California e na University of British Columbia, o Princípio de Peter evidentemente nunca foi lido pelo PT nem pelo seu presideus de honra. Eles agem por absoluta e genial intuição. Nisso eles são doutores. O diploma é a carteirinha do partido.

Ela é, justamente, o passaporte para esses turistas governamentais que são promovidos até ao seu mais alto nível de incompetência para qualquer coisa que não seja a capacidade de montar dossiês, estender propinas, sistematizar a corrupção que não inventaram, apenas organizaram e desqualificar quem não é da tribo. Principalmente, se for um Índio da Costa, ou seja lá qual for a sua alienígena orla política.

O governo Da Silva é um sistema administrativo em que os funcionários começam a trabalhar nas posições hierarquicamente inferiores. Logo que demonstram competência nas tarefas desempenhadas, de pronto são promovidos para graus superiores.

Esse processo se alarga, até que esses funcionários cheguem a uma posição em que já não mais são "competentes", quer dizer, capazes de realizar a contento suas missões. Tanto faz que pulem de meros estagiários para cargos de secretários de minas e energia, de ministros desmilinguidos de casas civilizadas, ou não, e até de presideuses que preferiam as agruras da vida de um reles cabo eleitoral.

Como a "despromoção" é sustentada pelo puxassaquismo habitual, as pessoas permanecem nessas posições, em prejuízo da organização a que pertencem, ou da nação a que deveriam servir. É a essa falta de "pé nos fundilhos" que o professor Peter denominava de "nível de incompetência" - o grau a partir do qual as pessoas não têm competência para a posição que ocupam.

O Brasil vive com fé e orgulho o Princípio de Peter. E nem seria Brasil da Silva se assim não o fosse. Em outubro, eu já nem sei em quem não votar. E nem você sabe em que estará votando. Estamos todos acometidos pelo Princípio de Peter.