Era uma vez o Grupo Garanhão & Cia. Ltda. Um conglomerado de iniciativas empresariais de considerável porte. Seus negócios flutuavam da revenda de automóveis importados, peças, acessórios, serviços de oficina, até casas de móveis, decoração, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, consórcios, materiais de construção.
O Garanhão era o grande patriarca daquela família de lucrativos empreendimentos. Empreendedor, afável, determinado, tolerante e, acima de tudo, um homem bom e justo. Um patrão como poucos. Era sempre o primeiro a chegar na firma. Cedo tratava de tudo e de todos.
Certa manhã, quase meia hora antes do horário de expediente, abriu a loja de eletrodomésticos. O ronda, pessoa humilde e necessitada do emprego, chegou-se lépido e bajulador ao chefe. Deu-lhes as boas-vindas matinais e querendo agradar, puxou assunto e revelou-se:
Reprodução
- Bom dia, patrão.
- Bom dia.
- Que bom ver o senhor aqui, já tão cedo. Sabe, eu sonhei a noite inteirinha com o senhor...
O que mais disse nem foi ouvido pelo Garanhão. No dia seguinte o segurança foi transferido para o turno da tarde e designado para a função de conferente de estoque. Como vigilante, o Garanhão achava que ele tinha o sono muito pesado.
MORAL DA HISTÓRIA - A justiça não é outra coisa do que senão a conveniência de quem pode mais.