14 de jan. de 2011

A máscara da dor da tragédia em pessoa

O Garanhão de Pelotas gosta da Globo, mas não é bobo. Ontem, num dos canais fechados, abertos pela rede platinada para a coletiva do dueto Dilma/Cabral, deu para perceber o ar de dor profunda que o governador dos cariocas ostentava como se fosse uma das vítimas da hecatombe da região Serrana do Rio de Janeiro

Enquanto discursou conseguiu manter a cara de falsa tristeza. Quando começou a responder as perguntas da imprensa - inclusive atravessando a fala da primeira-mulher-presidenta inteligenta do Brasil - Cabral deixou cair a máscara da face.

R. Stuckert/PR

De qualquer maneira, conseguiu fingir que não teve nada a ver com as tragédias de Paraty, em 2009; Angra, em 2010; Ilha Grande, também em 2010;  Niterói, no mesmo fatídico ano e agora com esse brutal e doloroso início de 2011.

Mais do que um péssimo ator, revelou-se um canastrão fantástico: mentiu descaradamente a respeito da "ajuda humanimonetária" que o antigo e já vencido governo Lula teria dispensado à sua administração para usar em obras de prevenção da defesa civil do Rio de Janeiro.

Perguntado a respeito disso tudo, o Garanhão de Pelotas respondeu rebuscadamente em seu linguajar com requintes de grossura, assim como quem não diz nada:

- Só esse governador já bastava para as agruras e desditas do alegre e sofrido povo carioca. Cabral, de per si, já é uma tragédia.