9 de set. de 2010

REQUEBRA
Essa invasão de privacidade fiscal da filha e do genro de Zé Serra já não se trata nem de quebra de sigilo, é requebra mesmo. Bamboleio, jogo de cintura, requebro, pois não é a primeira vez. Instada por impertinentes jornalistas a falar sobre seu envolvimento nesse arremedo desmantelado de mais um dossiê, a postulante Dilma disse ontem na TV: "a Justiça é quem me absolve. Ela diz que não tem nenhuma evidência; nenhuma prova"...

Absolvição não quer dizer inocência. Ainda mais quando a condenação não é consumada por falta de evidências, falta de provas. Ao contrário, esse tipo de "absolvição" pode significar apenas experiência dos acusados na arte da dissimulação, na ciência de apagar as pistas, de não deixar rastro.

Alardear ausência de evidências, falta de provas, como sinal de inocência é, na verdade, revelar a face oculta de quem usa a lei como armadura. A justiça não inocentou Dilma; a bem da verdade, apenas não pode condená-la.

AFINIDADE
Essa identificação explícita entre Dilma e Fernandinho Beira-Collor faz sentido. Fernandinho, um dia, também surgiu do nada. Agora Dilma - a rediviva Dona Solange, saiu da cabeça de Lula. Se subir a rampa, como o "Caçador de Marajás" subiu um dia, a nova Mulher da Tesoura, tem tudo para logo depois de não dar em nada, sair pela porta dos fundos de meio mandato - como seu galante neocompanheiro se mandou. Beira-Collor também não deixou rastros. Até hoje não foi condenado. É mais um inocente.