Pois estávamos eu e um velho parceiro de mesas de bar falando dessas coisas, quando ele empurrou com a mão direita a sua tulipa de chope para os arredores da minha e pousou a mão esquerda sobre meu braço, num movimento típico de quem quer fazer uma confidência.
Olhou para os lados, como quem procurasse uma dessas assombrações que, à miúde, saem dos sanitários dos restaurantes e, baixando a voz fez de meu ouvido esquerdo um pequeno estande, uma espécie de cubículo igual aqueles confessionários de igrejas católicas a dar com um pau:
- Garanhão, ando comendo a Marininha...
- A mulher do Milton Capenga?
- Shhh... Ela. Ela mesma.
- E daí, cara, qual é o problema?
- Daí que ele anda pra lá de desconfiado. Tenho medo que numa dessas, ele me pegue em flagrante.
- Grande coisa. O cara é manco. Ele é perneta, você sai correndo...
- E se ele for atleta paraolímpico?!?
MORAL DA HISTÓRIA – Se um lancezinho patife desses tem moral é aquela batida verdade popular: Quem tem... Tem medo.- A mulher do Milton Capenga?
- Shhh... Ela. Ela mesma.
- E daí, cara, qual é o problema?
- Daí que ele anda pra lá de desconfiado. Tenho medo que numa dessas, ele me pegue em flagrante.
- Grande coisa. O cara é manco. Ele é perneta, você sai correndo...
- E se ele for atleta paraolímpico?!?