Sua sina começou nas noites de sábado. No domingo remordia a ressaca desabafando ardilosamente para os amigos e toda a vizinhança:
- Tomei um porre de matar, ontem. Nem sei o que aconteceu comigo...
A cena se repetia todo fim de semana. Na segunda-feira era sempre a mesma ladainha:
- Sei lá o que foi que eu fiz... Caí de bêbado sábado à noite.
Com enorme rapidez os porres passaram a acontecer às terças e quintas-feiras também. E logo se sucediam às sextas e domingos, fechando a semana.
Um dia, ele veio me falar de suas contínuas crises de amnésia:
- Pô Garanhão, não sei o que se passa comigo...
- Mas, eu sei. Você virou alcoólatra!
MORAL DA HISTÓRIA – É prudente quando a emenda sai pior que o soneto, que a gente a remende, caso contrário então que a gente a dissimule.