8 de jan. de 2012

Dedução Lógica

Eu era chefe de segurança do Palácio do Planalto. Cumpria à risca as minhas obrigações. Isso não queria dizer, de forma nenhuma, que era obrigado a gostar do presidente  da República, por acaso Luiz Erário Lula da Silva.

Naquela manhã de meio rebuliço pelo estouro do escândalo do mensalão, diante da porta do elevador que leva ao terceiro andar, onde fica o gabinete presidencial, um dos seus vinte guarda-costas comentou que Lula reclamara em bardos retumbantes que tinha levado "uma facada pelas costas".

Minha alma de segurança atento e esperto deslindou logo o dilema:

- Facada pelas costas... É por isso que ele não sabe quem foi.

O elevador chegou. O presidente, acompanhado de seu motorista, dois agentes federais e um tal de Zé Dirceu, subia direto da garagem para o gabinete. Começava mais um dia de intenso trabalho pelo bem dos brasileiros e felicidade geral da nação. Luiz Erário dava mostras de que não sabia mesmo de nada.

MORAL DA HISTÓRIA - Aquele que suprime a traição no exercício de um governo, jamais terá poder algum.