25 de jul. de 2011

O GARANHÃO NO COQUETEL

O coquetel no Centro das Indústrias estava em plena efervescência. Como sempre, para marcar sua presença, o Garanhão de Pelotas  estava chegando propositadamente atrasado a mais um encontro da alta roda citadina.

Elegante, bem trajado, boa pinta, charmoso e com o seu mais tradicional andar de nobreza displicente, atraía os olhares encantados das mulheres e uma ponta de inveja dos senhores dos anéis daquela boa parte da elite esfusiante.

Duas socialites interromperam as futricas que permeavam seus Dry Martinis e, sem dar qualquer importância para os respectivos maridos a seu lado, voltaram sua atenção para o nobre que adentrava o salão. Foi quando se deu o lépido e faceiro comentário:

- O Garanhão de Pelotas se veste bem, não?
- E depressa, também...

Um dos maridos escutou os fuxicos das duas damas. Seu casamento nunca mais foi o mesmo.

MORAL DA HISTÓRIA - Não fales, de maneira alguma, a não ser que tenhas algo que não podes calar.