O Garanhão de Pelotas concluiu que ele deve ter aproveitado o dia para enxaguar a boca com a água benta que jogaram ensacada pra cima da peruca de Dilma, lá na capital dos gaúchos, conterraneos da mineira postulante.
O intimorato repórter político, Garanhão de Pelotas foi informado que, enquanto isso, sem medo de levar uma bochada de fita crepe outra vez, Zé Serra abriu o tarro da sua mais profunda desconformidade: - O presidente da República, dando aval a esse tipo de manifestação, acaba estimulando que outras se repitam. Nós não nos intimidamos. A democracia é um regime de liberdade. Todo mundo tem direito de dizer o que pensa, se locomover, se juntar, se reunir e pregar suas idéias. Essa não é a maneira de o PT enxergar a democracia.
Sem se afastar do salão de jogos do Conrad Resort & Cassino, capital de Punta del Este, verdadeira capital do Uruguai, para onde se mandou desde quarta-feira, o Garanhão destila sua indignação sempre duas doses acima do nível do mar: - Se Lula, ao abandonar o cargo de presidente para ser o maior animador de palanque da história do Brasil, se limitasse apenas a fazer campanha para o seu poste predileto, a tragédia de ter uma "Dona Flor e Seus Dois Maridos" mandando no Brasil seria menor do que se pode imaginar.
O diabo é que Lula - alerta o Garanhão - sempre que balança a pança e comanda a massa, injeta no espírito do povo a cultura da esperteza, da decomposição moral.
E, sem se despegar de suas duas inseparáveis secretárias-executáveis, o Jornalista Sem Patrão, adverte: - Essa distorção do caráter nacional, esse mal que carcome a consciência da nação, vai levar muito tempo para ser desfeito. É um câncer em galopante evolução. Sua cura não é para qualquer Sírio-Libanes; muito menos para o tratamento pelo SUS que o governo oferece aos brasileiros.
RODAPÉ - O Garanhão está empenhado em mais uma aventura investigativa. Quer saber que tipo de câncer é esse que, além de se espalhar com enorme rapidez, ainda fala e contamina.