16 de mai. de 2010

AS COBRAS MORTAS DO BUTANTAN

Na manhã deste sábado, um incêndio no laboratório de répteis do Instituto Butantan, na zona Oeste de São Paulo consumiu a maior coleção do mundo de cobras dos trópicos, com 85 mil exemplares.

O Garanhão de Pelotas estava na capital paulista. De imediato, despertando o grande repórter que há dentro dele, entrou em contato com o instituto para agendar uma entrevista com o diretor do museu. Quem o atendeu foi a telefonista de plantão.

Diante da ansiedade na voz do Garanhão, a diligente servidora terceirizada, o tranquilizou com a serenidade de quem carrega no currículo uma carterinha do partido de ocasião: - Não se apavore, senhor... Acalme-se, quando as chamas atingiram as 85 mil cobras elas já estavam todas mortas há muito tempo.

O Garanhão de Pelotas quase foi à loucura. Antes de destruir um dos seus 1001 celulares, ele ainda teve tempo de ironizar: - E você, não se queimou, não?!?

Politicamente correto, desvencilhou-se do celular, jogando-o numa lixeira de produtos recicláveis. Ao tempo em que desbloqueava outro dos seus 1000 celulares, falava com seus botões: - Essa tá prontinha pra ser candidata à Presidência da República.