16 de nov. de 2011

COMIA, SIM

Eu também fui guri medonho, daqueles de esperar a saída dos colégios das freiras e dar piadinhas sensuais e provocativas para a virgenzinhas da cidade.

Um dia, eu estava com a minha turma numa das calçadas estreitas, pela qual as moçoilas tinham que passar depois de mais um dia estafante de aula.

Eu mais que sozinho, estava mal acompanhado por Peteleco, um colega de ginásio que, como eu metera uma gazeta, só para ver a fauna escolar passar.

E lá vinham duas delas. Pelo jeito, capricornianas ou piscianas, virgens é que não tinham mais jeito de ser.Uma aparentava ser um pouco mais experiente que a outra. E eu querendo me exibir mais do que precisava, segredei para o parceiro ao lado:

- Essa é feia. Eu não comia nem que ela me pagasse.
- Qual delas, a de cá ou a de lá?
- A quem vem pela beirada da calçada.
 - Pô, Garanhão, essa é minha irmã.
- Não, não, a de lá, a veterana.
- Pois essa é a minha mãe...
- Ah é, então eu comia. Comia sim!

MORAL DA HISTÓRIA – Com excesso de confiança e sem dobrar a língua você acaba não comendo, nem agradando ninguém.