Na contramão do que indica o anedotário popular, Campinas e Pelotas não estão entre as cidades preferidas pelos casais homoafetivos para viver no país.
No ranking nacional, Campinas aparece na 109ª posição e Pelotas no 252° lugar em todo o território nacional. Isso pode querer dizer pelo menos quatro coisas:
1) o IBGE já não é mais aquele; 2) nem sempre a vida é a arte da escolha; 3) a contramão pode ser apenas uma virada de mão; 4) a classificação das duas ainda é honrosa dentro de um universo de 5.565 cidades brasileiras.
Diante de tais conclusões, o naco mais conservador da sociedade já está em estado de alerta diante do que, daqui pra frente, tanto Campinas quanto Pelotas podem fazer para recuperar o terreno perdido.
Os que estão do outro lado dos conservadores refutam o Censo denunciando a sua tendenciosidade: "Uma coisa é contar o número de casais e perguntar suas preferências residenciais; outra bem diferente é contar os bofes um a um, tintim por tintim. O que precisa perguntar aos pesquisados é se eles são casados, se têm filhos".
RODAPÉ - Dentre as capitais, Florianópolis é a campeã da preferência dos casais homoafetivos; Porto Alegre, sem largar a fama de "última a saber", é a representante gaúcha; depois vêm Rio de Janeiro e Maricá, também no Rio. São Paulo, famosa por sua Parada Gay, conquistou um melífluo 13° lugar.
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É comovente o esforço de São Paulo, capital do prefeito Kassab, para entrar no grupo top ten do ranking nacional da homoafetividade.